No ano de seu calvário na segunda divisão do futebol brasileiro, o Corinthians pode obter um título nacional de primeiro escalão. Empurrado por mais de 60 mil torcedores no Morumbi, nesta quarta-feira, o time devolveu o 2 a 1 sofrido para o Botafogo no Rio de Janeiro, triunfou na disputa por pênaltis e avançou à final da Copa do Brasil.
O primeiro tempo teve muita marcação no meio-campo e pouca bola no chão. Empurrado por sua torcida, o Corinthians conseguiu chegar com maior perigo, assustando em cabeceio de Diogo Rincón e voleio de Herrera, mas foi perto do intervalo que a partida cresceu em tensão.
Dentinho, que já havia reclamado de pênalti, levou tapa na cara de Leandro Guerreiro antes de cobrança de falta. O árbitro Evandro Rogério Roman deixou o técnico Mano Menezes ainda mais nervoso na seqüência, quando deixou lance correr após uma série de infrações claras dos dois lados.
O juiz não foi alertado sobre nenhum de seus erros, mas recebeu o aviso do quarto árbitro de que Mano havia colocado o pé direito dentro de campo para reclamar. Por conta disso, já na volta para o segundo tempo, expulsou o treinador corintiano, que deixou o gramado revoltado.
Sem o treinador à beira do campo, o Corinthians balançou a rede aos 6min. Acosta, que entrara no intervalo, concluiu bela jogada de Herrera e abriu o placar. Dois minutos depois, no entanto, Felipe saiu muito mal e deu rebote na cabeçada de André Luís. Renato Silva completou para o gol vazio.
A torcida chegou a se calar por alguns instantes, mas voltou a empurrar o time da casa minutos depois. Mesmo sem apresentar grande futebol, o Corinthians voltou a chegar ao gol aos 19min, em falta sofrida por Dentinho. Após cobrança de Chicão, Castillo saltou atrasado e viu sua rede ser balançada.
Apesar de alguns sustos dos dois lados, a vaga na decisão ficou mesmo para os pênaltis. O Corinthians começou batendo e converteu seus cinco tiros, com Chicão, Herrera, Nilton, Alessandro e Acosta. Lucio Flavio, Alexsandro, André Luís e Jorge Henrique marcaram para o Botafogo, mas Zé Carlos viu o último chute da noite ser defendido por Felipe.
